Como interpretar arte moderna com uma pitada de progressismo

A primeira vez que a gente encara uma obra de arte moderna, daquelas com formas distorcidas, cores gritantes ou simplesmente um vaso sanitário em exposição, é comum soltar um: “ué?” Ou até um mais honesto: “isso é arte?” Observe a imagem abaixo e diga o que você acha. 

arte contemporanea

Essa pergunta é o ponto perfeito pra começar.

Quando a arte parou de tentar “parecer real”

Durante séculos, arte era sobre imitar o mundo visível: retratos, paisagens, mitologia pintada com precisão. A técnica era tudo. Mas aí veio a fotografia e… bem, se uma máquina podia capturar a realidade com perfeição, por que ainda pintar igualzinho ao que se vê?

Esse foi o ponto de virada. Os artistas começaram a buscar o que a máquina não conseguia: sentimento, caos, crítica, absurdo, liberdade. A arte deixou de ser espelho e passou a ser pergunta. Em vez de retratar a verdade, passou a questioná-la.

Interpretar arte moderna é justamente isso: parar de tentar entender “o que é” a pintura e começar a escutar “o que ela está dizendo.”

E é aí que o progressismo começa a acenar de canto.

O olhar progressista

Imagine entrar num museu e ver um quadro com formas abstratas. Você poderia pensar que não há nada ali. Mas e se aquelas formas estiverem gritando sobre violência, desigualdade, racismo, resistência?

Muitas obras modernas (principalmente a partir do século XX) são carregadas de intenções políticas. Às vezes de forma explícita, às vezes sutil, quase camuflada.

mulher com expressão do pintor

Um olhar progressista na arte é aquele que pergunta:

  • Quem está sendo representado aqui?

  • Quem está sendo silenciado?

  • Que estruturas estão sendo desafiadas?

  • Essa obra dialoga com alguma opressão histórica?

A arte moderna é, muitas vezes, um soco no estômago pintado com pinceladas suaves. E o progressismo nos dá lentes sensíveis para enxergar esse impacto.

Duchamp e o mictório

Marcel Duchamp pegou um urinol, virou de cabeça pra baixo, assinou “R. Mutt” e mandou pra uma exposição. Isso em 1917. Claro que foi rejeitado. E virou história.

A pergunta certa ali não é: “isso é arte?” Mas sim: “o que ele estava tentando desafiar?”

Duchamp estava desafiando a própria instituição da arte, os museus, os jurados, os padrões. Estava dizendo: “quem decide o que é arte? E por quê?”

Esse gesto é puro progressismo: contestar quem tem o poder de definir o mundo ao nosso redor.

E quando a arte fala de raça, gênero, classe? =0

Aí o papo fica ainda mais urgente. Artistas como Jean-Michel Basquiat pintavam com fúria, com colagens visuais que denunciavam a marginalização dos corpos negros nos EUA. Frida Kahlo misturava surrealismo com a dor física e emocional de ser uma mulher num mundo patriarcal. Tarsila do Amaral criava universos que celebravam a brasilidade numa época de forte influência europeia.

Interpretar essas obras com um olhar progressista é perceber que a arte não é neutra. Ela carrega os traumas, as lutas, as conquistas de quem a fez e de quem a vê.

Ouça antes de julgar

Se você se pegar dizendo “não entendi”, tudo bem. Mas, em vez de encerrar aí, tente inverter a pergunta: o que será que eu preciso enxergar pra entender? Talvez você descubra que o artista está gritando algo que nunca foi dito em voz alta.

A arte moderna não quer agradar, ela quer incomodar, provocar, fazer pensar. E é justamente aí que mora seu poder transformador. O progressismo, por sua vez, nos convida a sermos mais empáticos com essas provocações. A escutar antes de atacar. A perguntar antes de rejeitar.

Um olhar que você carrega para fora do museu

E o mais bonito é que esse exercício de interpretação não termina quando você sai da galeria. Quando você aprende a enxergar além do óbvio na arte, começa a fazer o mesmo no mundo.

A arte moderna te treina pra ver os vazios do discurso, os silêncios das minorias, os padrões que pareciam naturais mas nunca foram. Isso é olhar progressista: um convite constante a refletir, revisar, reimaginar.

E, sejamos sinceros, que mundo mais bonito e mais justo nasce quando a gente começa a ver assim.

Hábitos alimentares em 2018 – atualização

habitos alimentares 2018Há um tempo atrás escrevemos um artigo falando sobre como mudar os seus hábitos alimentares para ter mais saúde e disposição no dia-a-dia. Hoje iremos retomar esse assunto com algumas atualizações, falando sobre práticas que devem ser adotadas considerando a evolução tecnológica que houve até o momento (estudos recentes).

O ramo da nutrição, como todos sabem, é bastante controverso, pois sempre há um nutricionista ou um médico defendendo que determinado alimento faz bem enquanto outro diz que faz mal. Não são poucas as vezes em que as opiniões sobre o ovo, por exemplo, divergiram. Revistas e jornais publicaram inúmeras reportagens dizendo que ovo faz mal, que é um vilão para a saúde, e – anos depois – novas reportagens trazem que o ovo é um amigo, que possui apenas colesterol bom e componentes essenciais para o organismo.

Ao ver isso tudo, como saber quem está com a verdade? Não há outra forma senão pesquisando por conta própria. Mas é evidente que alguns conceitos são amplamente aceitos, como o conceito de que salada faz bem (desde que não tenha agrotóxicos), frutas idem, e que muita gordura, ou muito açúcar, são prejudiciais e fazem você viver menos.

Portanto, caso sua alimentação esteja comprometida pela ingestão de poucos nutrientes saudáveis e muito fast food, recomendamos que você mude de postura agora, aproveite que ainda estamos no início do ano, você não quer começar 2019 com problemas de saúde, quer?

Os 3 passos para iniciar uma reeducação alimentar são:

1) Tomar uma decisão por conta própria, sem depender de terceiros.

2) Modificar a mentalidade a respeito da alimentação, procurando associar o benefício com o esforço.

3) Encontrar os principais erros no processo de alimentação diário e eliminá-los de vez.

Ao tomar essa decisão, saiba que a perseverança é fundamental. Se você começar a emagrecer e depois voltar a engordar, irá acontecer o chamado efeito sanfona, que segundo as palavras do Dr. Juliano Pimentel, é muito prejudicial à saúde.

Pense bem antes de tomar qualquer decisão, e comece no momento em que você estiver preparada(o).

De cara nova!

Fala pessoal, saudades de todos vocês!

Depois de algum tempo fora do ar reformulando o site, estamos de volta com novos artigos. Fiquem ligados.

Equipe Rabieh